Nos primeiros seis capítulos do Bhagavad-gita, a entidade viva foi descrita como uma alma espiritual imaterial que é capaz de se elevar à auto-realização por meio de diferentes tipos de yogas. No final do Sexto Capítulo, afirma-se claramente que a concentração constante da mente em Krsna, ou em outras palavras, a consciência de Krsna, é a forma mais elevada de todo o yoga. Ao concentrar a mente em Krsna, a pessoa é capaz de conhecer a Verdade Absoluta completamente, mas não de outra forma.

O brahmajyoti impessoal ou a realização localizada do Paramatma não é conhecimento perfeito da Verdade Absoluta porque é parcial. O conhecimento completo e científico é Krsna, e tudo é revelado à pessoa em consciência de Krsna. Consciência de Krsna incompleta, sabe-se que Krsna é o conhecimento último além de qualquer dúvida. Diferentes tipos de yoga são apenas trampolins no caminho da consciência de Krsna. Aquele que adota diretamente a consciência de Krsna conhece automaticamente sobre brahmajyoti e Paramatma por completo. Pela prática do yoga da consciência de Krsna, pode-se conhecer tudo por completo - ou seja, a Verdade Absoluta, as entidades vivas, a natureza material e suas manifestações com parafernália.

Deve-se, portanto, começar a prática de yoga conforme indicado no último verso do sexto capítulo. A concentração da mente em Krsna, o Supremo, torna-se possível por meio do serviço devocional prescrito em nove formas diferentes, das quais sravanam é a primeira e a mais importante. O Senhor, portanto, diz a Arjuna, “tat srnu,” ou “Ouça-me”. Ninguém pode ser uma autoridade maior do que Krsna e, portanto, ao ouvi-Lo, recebe-se a maior oportunidade de progresso na consciência de Krsna.

A pessoa tem, portanto, que aprender de Krsna diretamente ou de um devoto puro de Krsna - e não de um não-devoto arrivista, cheio de educação acadêmica.

Portanto, apenas ouvindo de Krsna ou de Seu devoto em consciência de Krsna pode-se entender a ciência de Krsna.

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