História: É descrito que enquanto Durvasa Muni estava passando na estrada, ele viu Indra nas costas de seu elefante e ficou satisfeito em oferecer a Indra uma guirlanda de seu próprio pescoço. Indra, no entanto, estando muito orgulhoso, pegou a guirlanda, e sem respeito por Durvasa Muni, ele a colocou na tromba de seu elefante carregador. O elefante, sendo um animal, não conseguia entender o valor da guirlanda e, assim, o elefante jogou a guirlanda entre as pernas e a quebrou. Vendo esse comportamento insultante, Durvasa Muni imediatamente amaldiçoou Indra por ser miserável, desprovido de toda opulência material. Assim, os semideuses, afligidos de um lado pelos demônios lutadores e do outro pela maldição de Durvasa Muni, perderam toda a opulência material nos três mundos.
O Senhor Indra, Varuna e os outros semideuses, vendo suas vidas em tal estado, consultaram-se entre si, mas não conseguiram encontrar nenhuma solução. Então todos os semideuses se reuniram e foram juntos para o pico da Montanha Sumeru. Lá, na assembléia do Senhor Brahma, eles se prostraram para oferecer ao Senhor Brahma suas reverências e então o informaram de todos os incidentes que haviam ocorrido.
Ao ver que os semideuses estavam desprovidos de toda influência e força e que os três mundos estavam conseqüentemente desprovidos de auspiciosidade, e ao ver que os semideuses estavam em uma posição incômoda enquanto todos os demônios estavam florescendo, o Senhor Brahma, que está acima de todos os semideuses e quem é mais poderoso concentrou sua mente na Suprema Personalidade de Deus. Assim sendo encorajado, ele ficou com o rosto brilhante e falou com os semideuses como segue.
Senhor Brahma disse: Eu, Senhor Siva, todos vocês semideuses, os demônios, as entidades vivas nascidas da transpiração, os seres vivos nascidos de ovos, as árvores e plantas brotando da terra e as entidades vivas nascidas de embriões - todos vêm do Supremo Senhor, de Sua encarnação de rajo-guna [Senhor Brahma, o guna-avatara] e dos grandes sábios [rishs] que são parte de mim. Vamos, portanto, ir ao Senhor Supremo e nos abrigar em Seus pés de lótus.
Para a Suprema Personalidade de Deus não há ninguém para ser morto, ninguém para ser protegido, ninguém para ser negligenciado e ninguém para ser adorado. No entanto, para fins de criação, manutenção e aniquilação de acordo com o tempo, Ele aceita diferentes formas como encarnações, seja no modo da bondade, no modo da paixão ou no modo da ignorância.
depois que o Senhor Brahma terminou de falar com os semideuses, ele os levou consigo para a morada da Suprema Personalidade de Deus, que está além deste mundo material. A morada do Senhor fica em uma ilha chamada Svetadvipa, situada no oceano de leite.
A Suprema Personalidade de Deus sabe direta e indiretamente como tudo, incluindo a força viva, mente e inteligência, está trabalhando sob Seu controle. Ele é o iluminador de tudo e não tem ignorância. Ele não tem um corpo material sujeito às reações das atividades anteriores e está livre da ignorância da parcialidade e da educação materialista. Eu, portanto, me abrigo nos pés de lótus do Senhor Supremo, que é eterno, onipenetrante e tão grande quanto o céu e que aparece com seis opulências em três yugas [Satya, Tretä e Dväpara].
Quando oferecidas orações pelo Senhor Shiva e pelo Senhor Brahma, a Suprema Personalidade de Deus, Senhor Vishnu, ficou satisfeita. Assim Ele deu instruções apropriadas a todos os semideuses. A Suprema Personalidade de Deus, que é conhecida como Ajita, invencível, aconselhou os semideuses a fazerem uma proposta de paz aos demônios, para que após formularem uma trégua, os semideuses e demônios pudessem bater o oceano de leite. A corda seria a maior serpente, conhecida como Vasuki, e a vara de agitação seria a Montanha Mandara. O veneno também seria produzido na batedura, mas seria tomado pelo Senhor Shiva e, portanto, não haveria necessidade de temê-lo. Muitas outras coisas atraentes seriam geradas pela batedura, mas o Senhor alertou os semideuses para não se deixarem cativar por tais coisas. Os semideuses também não devem ficar zangados se houver algum distúrbio. Depois de aconselhar os semideuses dessa forma, o Senhor desapareceu de cena.
Um dos itens provenientes da agitação do oceano de leite era o néctar que daria força aos semideuses (Amrit). Por doze dias e doze noites (equivalente a doze anos humanos) os deuses e demônios lutaram no céu pela posse deste pote de Amrita. Deste néctar algumas gotas derramaram em Allahabad, Haridwar, Ujjain e Nashik enquanto eles lutavam pelo néctar. Então, na terra, celebramos este festival para obter os créditos piedosos e cumprir o propósito da vida que é voltar à divindade, nosso lar eterno, onde nosso pai está esperando por nós. Esta é a oportunidade que temos depois de nos associarmos com santos ou homens santos que seguem as escrituras.
Kumbh mela nos oferece esta grande oportunidade de purificar nossa alma banhando-nos no rio sagrado e servindo aos santos.
créditos: MahaKumbhaFestival. com
